A literatura de Italo Calvino, “ o
modelo dos modelos”, nos faz refletir sobre nossa atuação enquanto professora,
nossas práticas pedagógicas, nosso fazer pedagógico ultrapassado, excludente,
tradicional e homogêneo, não consideramos as especificidades dos alunos, sua
singularidade.
Segundo o autor, ” o
modelo dos modelos almejado por Palomar deverá servir para obter modelos transparentes, diáfanos, sutis como teias de aranha; talvez até mesmo para
dissolver os modelos, ou até mesmo para dissolver-se a si próprio”. Faz-se
necessário romper com os moldes pré programados, que tem como embasamento uma
aprendizagem homogênea, massificada, nossa experiência na docência nos mostra
que cada aluno tem sua forma e seu tempo.
É urgente criar estratégias, metodologias que
considere as potencialidades, especificidades, histórico de vida e experiência dos alunos, dessa forma,
teremos uma aprendizagem mais eficaz e significativa, quando o alunado
participa da elaboração das estrategias, da seleção dos recursos pedagógicos
ele resignifica seus conhecimentos, ele torna-se protagonista de sua história.
Nós professores do AEE somos mediadores da
aprendizagem, os alunos são construtores do conhecimento, portanto devemos
proporcionar mediações, ações pedagógicas que sejam inclusiva, abrangentes, a
todos os alunos, como bem fala Calvino, “Neste ponto só restava a Palomar
apagar da mente os modelos e os modelos de modelos”, desapegarmos de modelos
que não contemple a todos, que necessite que
o aluno adapte-se, sobre tudo criar modelos elaborados somente para ele, personalizados,
individualizados e não coletivos, que realmente viabilize aprendizagem de fato e de direito.